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Nem todo anúncio das redes sociais é o que mostra

A veiculação de anúncios falsos em todas as redes sociais, sobretudo o Facebook, é um dos crimes que mais estão “na moda” e acabam gerando grande demanda de trabalho para as delegacias, judiciário e setores jurídicos de empresas indiretamente envolvidas nestes casos.

Ao efetuar uma compra na internet – que aumentou em muito nesse ano, estimulado pela pandemia do coronavírus – é sempre muito importante antes de qualquer outra coisa, buscar informações sobre o vendedor, e verificar se não se trata de um site falso de alguma loja famosa, golpe bastante comum.

Através das redes sociais, vítimas clicam em um dos vários layouts que oferecem produtos para venda (geralmente se apropriando do nome e logotipo de conhecidos sites de venda de famosas marcas) e, redirecionadas a um site externo àquele domínio, acaba por efetuar uma compra online.

Quando se trata e golpe, muitas pessoas acabam se tocando, apenas após a demora na entrega do produto comprado ou ao reparar tardiamente alguma divergência no documento, acaba por entrar em contato com a suposta empresa vendedora e descobre o golpe após a negativa desta.

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De acordo com golpes mais populares, apurados pelo Mesorregional, são anúncios falso de lojas populares, produtos fictícios, venda de moedas virtuais e compras que nunca chegam, leilões, além de sorteios falsos, utilizados para captação de dados.

Dois casos práticos ocorreram com uma mesma família blumenauense. O primeiro ocorreu por conta de uma capa de proteção para veículo, onde o anúncio demonstrava um produto eletrônico que oferecia praticidade na cobertura do carro com uma lona num aparelho, que recolhia a lona automaticamente, porém após o pagamento, o que chegou dias depois foi um guarda-chuva quadrado e com armação invertida.

Outra situação foi a compra de um mini drone, que Viggo Dieter Schultz pretendia presentear as netas no Natal. “Fiz a compra em novembro, me antecipado, mas até agora o produto não chegou. Em contato com o anunciante, passaram um código de rastreamento pelos Correios, mas que não confere. Eles ainda se negam a devolver o dinheiro” relata o consumidor.

Foto: Jefferson Santos / Mesorregional

Dieter também comentou que os dois anúncios foram vistos através do Facebook, sendo que uma das compras foi feita por sua esposa e a outra por ele próprio. “O Facebook deveria filtrar seus anunciantes, penso que eles também deveriam ser responsabilizados por esse tipo de golpe, que parece ser bem comum” relata.

As redes sociais podem ser punidas por esses anúncios “fakes”?

Há entendimento jurídico de as redes sociais funcionam como se fossem o caderno de classificados dos jornais impressos, ou seja, elas apenas aproximam o anunciante do comprador, ou seja, as redes, como o Facebook, são remuneradas por uma outra natureza, que é alavancar o post ou anúncio em questão e não participa da operação de compra.

Há juristas que até entendem que as redes possuem sim sua responsabilidade, mas nesse caso, o autor de uma ação (consumidor) precisa antes percorrer um longo caminho até chegar nelas, incluindo no processo as redes sociais, agência que publicou o anúncio, provedores de internet e até mesmo os bancos.

Dica Mesorregional: O que fazer para evitar golpes virtuais relacionados a anúncios

A maioria desse tipo de golpe pode ser evitado ao desconfiar sempre de promoções muito tentadoras. Além disso, é importante verificar um perfil de rede social de determinada marca traz o selo de verificado antes de clicar em uma suposta oferta. O famoso “dar um Google” pode ser bastante útil se na pesquisa você inserir o produto e o nome do anunciante para saber se já há alguém relatando algum tipo de irregularidade.

Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) alerta para a questão da pesquisa. O advogado da instituição Christian Printes lembra que além de saber se a promoção é realmente boa, a pesquisa ajuda a identificar se o comerciante não está maquiando o preço. “Copie as telas, pois as imagens servem de prova para uma possível denúncia.”

*Com informações do CanalTech
Foto em destaque: Marcos Santos / Usp Imagens

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