No dia mais quente do verão alunas são trancadas em sala da direção de escola por usarem shorts
Estamos em 2020, mas a mentalidade de algumas pessoas parece não evoluir. É o que demonstra a atitude da direção da escola estadual Elza Pacheco, em Blumenau, que nesta terça-feira (18) – dia que registrou sensação térmica de 46ºC na cidade – retirou da sala de aula algumas alunas que estavam utilizando bermudas com cumprimento menor do que um palmo acima do joelho.
A atitude mobilizou algumas alunas que repudiaram a atitude da coordenadora pedagógica e da direção, que deixaram alunas trancadas numa sala, sem ter direito ao lanche no horário do intervalo, até conseguirem falar com os pais, de acordo com o relato das adolescentes, sendo que um pai até gravou a ligação ao afirmar que viu sia filha sair de casa e que não considera que a vestimenta da menina fosse vulgar.
Na tarde desda quarta-feira (19) entramos em contato com a escola afim de falar com a diretora Ana Paula Ledra, que preferiu não se pronunciar sobre o assunto, apenas uma assessora, que se identificou apenas como Elisângela afirmou que foi passado em todas as salas de aula afirmando que o assunto será debatido numa Assembleia que está agendada para ocorrer no próximo dia 03.
A mãe de uma das alunas que ficou trancada na sala da direção na manhã de ontem procurou o Notícias Vale do Itajaí afirmando que foi até a escola exigir explicações, já que sua filha foi totalmente uniformizada, com shorts comprado em loja indicada pela própria escola e que custou R$ 63. Ela ainda informou, que hoje, a direção passou em sala de aula afirmando que as alunas não deveriam chamar a imprensa por motivos como esse e sim, se fosse para mostrar algo bom da unidade escolar.
No protesto de hoje, meninas confeccionaram um cartaz com os dizeres “Ensinem os homens a respeitar e não as mulheres a temer”, já que a direção alega que a atitude foi para evitar assédio por parte dos meninos e que a definição da regra da vestimenta foi definida numa assembleia em 2019, o que fere até mesmo a Constituição Federal.
Foto: Reprodução / Facebook
