Notícias sobre religião geram prisão de jornalistas na China
da ANSA
Quarenta e cinco jornalistas foram presos no mês de dezembro na China sob a acusação de supostamente transmitir notícias, vídeos e fotos para a revista sobre liberdade religiosa e direitos humanos “Bitter Winter“, publicada em maio de 2018 em Turim, em oito idiomas. A revista, que também tem uma edição italiana, publica notícias diárias inéditas, que são produzidas por um grupo de jornalistas chineses e comentadas por especialistas do Centro de Estudos sobre Novas Religiões (Cesnur), que edita os textos sob a direção do sociólogo Massimo Introvigne. “Temos notícias sobre o fato de que alguns dos jornalistas presos foram torturados para relatarem quem nos envia informações e documentos da China”, explicou Introvigne.
Bitter Winter ganhou notoriedade internacional quando publicou três vídeos filmados dentro dos campos de reeducação para muçulmanos uigures em Xinjiang, juntamente com documentos confidenciais do Partido Comunista Chinês que têm relatos de maus-tratos contra padres católicos, além de imagens de mesquitas e estátuas do Buda destruídas. “Esperamos que qualquer pessoa que se preocupe com a liberdade de imprensa faça soar suas vozes para protestar contra esses incidentes muito sérios. Eu acho que isso subestima o número de jornalistas dispostos a arriscar sua liberdade para tornar o mundo consciente das violações dos direitos humanos na China”, finalizou.
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