O ‘home office’ veio para ficar? Segundo Ipea, 20,4 milhões de pessoas poderia trabalhar remotamente no Brasil

A pandemia impôs algumas mudanças de hábitos nos últimos dois anos. Uma delas foi o trabalho remoto ou ‘home office’. O modelo de expediente divide opiniões, há quem diga que a produção é maior e eficiente. Outros sugerem que as possíveis distrações do ambiente familiar podem gerar desvios. A questão para os empresários também é ambígua: uns permanecem desta maneira e apoiam a continuação do home office, mas há aqueles que preferem o presencial.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados no dia 27, aproximadamente uma a cada quatro pessoas poderia trabalhar de forma remota no Brasil. Isso equivale a 20,4 milhões de pessoas, que representam 24,1% do total da população ocupada no país.

O estudo mostra que, a maior parte dos trabalhadores que poderiam desenvolver as atividades de forma remota é mulher (58,3%); branca (60%); com nível superior completo (62,6%); e tem idade entre 20 e 49 anos (71,8%).

Dados por região:

Sudeste: 10,5 milhões;
Sul: 3,6 milhões;
Nordeste: 3,5 milhões;
Centro-Oeste: 1,7 milhão.

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Essas pessoas estão prioritariamente em áreas urbanas. No entanto, segundo o Ipea, há cerca de 650 mil pessoas em teletrabalho potencial no campo, o que corresponde a 6,4% do total de ocupados na zona rural.

O recorte por unidade federativa mostra que Florianópolis aparece na liderança, com cerca de 40,4% das pessoas ocupadas em regime potencial de teletrabalho.

O Ipea também constatou que o rendimento efetivo das pessoas ocupadas, no geral, consideradas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), supera os rendimentos habituais. Ou seja, o que os trabalhadores receberam de fato pelo trabalho, no período considerado, foi maior do que o que costumam receber. Consideradas apenas as pessoas em teletrabalho potencial, o rendimento efetivo supera o habitual em 9%. Segundo o Ipea, as pessoas em teletrabalho potencial, juntas são responsáveis por cerca de 40% do total de rendimentos no Brasil.

Informações da Agência Brasil.
Foto: iStock