Pastor Dirlei Paiz é preso novamente pela Polícia Federal
Na tarde desta segunda-feira (16), o candidato a vereador Pastor Dirlei Paiz (PL) foi novamente preso pela Polícia Federal em Blumenau. A detenção ocorreu logo após o Portal G1 publicar sobre o mandado de prisão expedido contra o indivíduo, que teria descumprido medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As condições foram estabelecidas quando Dirlei obteve o direito de responder ao processo em liberdade condicional.
Entre as restrições estava a proibição do uso de redes sociais, principalmente para tratar de assuntos políticos. No entanto, Dirlei visivelmente ignorou essa imposição, o que levou à sua nova prisão – um caso semelhante ao da influenciadora Deolane Bezerra, que também foi detida após violar as ordens judiciais. Dirlei, enfrenta investigações sérias, sendo acusado de estimular atos de baderna em 8 de janeiro em Brasília.
O candidato se apropriou da manifestação pacífica em frente ao 23º Batalhão de Infantaria em Blumenau, que durou mais de um mês. Usando um caminhão de som para discursos que atacavam instituições e até veículos de imprensa locais. Além disso, solicitava doações para supostos custos logísticos das manifestações, sem apresentar prestação de contas claras e públicas.
Ele já havia sido preso e ficou em cárcere por alguns meses, porém foi um dos poucos que conseguiram o benefício de responder o processo em liberdade e alguns boatos circulam em torno de sua defesa. No dia 02 de setembro, logo após o desfile de aniversário de Blumenau, o Mesorregional lhe perguntou se ele poderia nos enviar a sua defesa técnica que lhe deu o benefício da liberdade condicional, ele disse que sim, mas nunca enviou.
As ações de Dirlei têm levantado dúvidas não apenas no âmbito criminal, mas também em sua candidatura para 2024. A Justiça Eleitoral questionou sua autodeclaração racial, inicialmente parda, o que lhe daria acesso a benefícios do Fundo Eleitoral, mas que foi alterada para branco após exigência de comprovação. Até o momento, a defesa de Dirlei não enviou nenhum comunicado oficial ao Mesorregional, apesar da solicitação.
Foto: Jefferson Santos / Mesorregional (Arquivo)