Prefeitura de Blumenau concede mais um “benefício” para a BluMob e Sindetranscol volta fazer passageiros de “refém”
No fim da tarde de ontem (25) muita gente ficou aguardando o transporte coletivo urbano de Blumenau em pontos de ônibus lotados. Isso aconteceu porque houve uma paralisação sem aviso prévio à população organizada pelo Sindetranscol (Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau, Gaspar e Pomerode)., por conta da votação de um Projeto de Lei enviado pelo Executivo blumenauense em “Regime de Urgência” para a Câmara de Vereadores.
O Projeto, que foi aprovado, altera a redação da Lei que trata da implantação do sistema eletrônico de bilhetagem do transporte coletivo, estabelecendo critérios relativos à obrigatoriedade ou não da presença de cobradores em ônibus com linhas com menos de um passageiro por quilômetro rodado e nas linhas especiais e alimentadoras atendidas com micro-ônibus e que isso possa ser definido pelo poder público, sem a necessidade de aprovação pelo sindicato da categoria.
De acordo com o Sindetranscol a paralisação durou cerca de 15 minutos, nos terminais urbanos da cidade, porque a proposta provocaria a demissão de cobradores. Para esta quarta-feira (26) foram agendadas duas assembleias pelo sindicato, uma que ocorreu ás 9h e outra que está prevista para às 15h. Na sexta-feira (28) o serviço do transporte coletivo urbano não funcionará, por conta da “greve geral” organizada por entidades sindicais de todo o país. A previsão é que a paralisação seja de 24h.
Vereadores da base governista afirmaram que apesar do Projeto de Lei ter sido enviado em regime de urgência para o Legislativo, a alteração na Lei não provocará demissões de cobradores. O Projeto ainda precisa ser sancionado pelo prefeito Napoleão Bernardes, que com a assinatura acaba concedendo mais um “benefício” para a BluMob (Piracicabana), já que anteriormente o Consórcio Siga, que teve o contrato cancelado pela Prefeitura não poderia circular sem cobradores dessa forma.
Foto: Divulgação / Sindetranscol