Procuradoria da República considera válido o inquérito das fake news no Supremo

Nesta quarta-feira (10), durante julgamento, pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu a legalidade da investigação desde que haja a participação do Ministério Público, que deve ter o direito de se manifestar previamente sobre atos e diligências, sobretudo os que exigem reserva de jurisdição – caso de medidas consideradas invasivas, como buscas e apreensões.

Instaurado pelo presidente da Corte, Dias Toffoli em 2019 o inquérito busca apurar notícias falsas, denunciações caluniosas, ofensas e ameaças a ministros do STF.

São suspeitos de integrar o esquema de notícias falsas empresários, políticos, blogueiros, e apoiadores do presidente de Jair Bolsonaro, que foram alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 27 de maio. O inquérito é questionado por juristas e políticos por ter sido instaurado pelo presidente do Supremo e não pelo Ministério Público.

Foto: José Cruz/Agência Brasil