Rio Itajaí-Açu é personagem principal em documentário exibido para 150 pessoas no Museu da Cerveja em Blumenau
Na noite desta quinta-feira (28) cerca de 150 pessoas prestigiaram a primeira exibição pública do documentário Blumenau(ta): a Cidade Começa no Rio. Estavam presentes amigos e familiares da produção envolvida no projeto, além de jornalistas, autoridades políticas e o público em geral. O filme conta de maneira emocionante, nostálgica e poética, a história do município de Blumenau a partir do Rio Itajaí-Açu, outro foco da produção é o Clube Náutico América.
O documentário trás relatos de moradores de Blumenau que ao longo da infância puderam aproveitar o rio nos momentos de lazer. Histórias de campeonatos e regatas nos anos 1970 proporcionaram nostalgia aos telespectadores. O filme também deu voz às pessoas que o utilizam para a prática de esportes como remo e ‘stand up paddle’.
A idealizadora do projeto foi Amanda Tiedt que é arquiteta e remadora do Clube Náutico América. “A ideia surgiu após uma conversa com Walfrid Zimmermann (Índio), ele rema a mais de 55 anos e é técnico do clube, ele nos contou tantas histórias incríveis e ficamos com vontade de espalhá-las para que mais pessoas pudessem ouvir. Então, eu escrevi o projeto para o Fundo Municipal de Apoio à Cultura e fomos selecionados na categoria audiovisual. A partir daí, começamos a procurar e recrutar os outros membros do projeto”, comenta. Amanda também é a responsável pelo roteiro e produção geral do filme.
Marta Brod, responsável pela direção geral e roteiro falou sobre o desenvolvimento do projeto. “Nós fomos convidados pela Amanda para colocar todas essas lembranças e historias na tela. Nossa missão era transmitir a história de Blumenau pela perspectiva do rio. Então fizemos uma pesquisa extensa por mais de seis meses, procurando pessoas, ouvindo relatos, indo até o Arquivo Histórico da cidade e lendo livros e revistas e tudo o mais o que poderíamos consumir para fazer o roteiro. Percebemos com isso, que o rio foi o personagem principal dessa cidade por muitos anos, mas que isso se perdeu. Então nosso intuito é incomodar e provocar as pessoas para que ele ganhe novamente um papel central aqui em Blumenau”, ressaltou.
A historiadora e diretora da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais, Sueli Maria Vanzuita Petry, também participou do projeto. “O Rio Itajaí-Açu é a alma da cidade e do grande Vale do Itajaí. Ele tem vida e nós dependemos dele, afinal ele nos fornece água. Ele trouxe também os imigrantes que vieram em busca de um sonho, que se tornou realidade. Inclusive ele imita o rio Reno lá da Alemanha e acredito que este tenha sido um dos fatores para que o Dr. Blumenau tenha desembarcado aqui. Ele nos proporciona lazer, divertimento e é poético e encantador. Ele está presente nos momentos tristes como nas cheias e também nos felizes. Por isso, devemos olhar o rio de várias formas, pois para nós que moramos aqui, ele é o grande caminho das nossas vidas”, finaliza.
O documentário tem duração de 45 minutos e já está disponível no Canal do Youtube.
O filme conta com relatos de Agobar Fagundes Júnior, Anna Kofke, Charles Schwanke, Felix Theis, Giulia Renata, Helena Beatriz Ewald, James Robert Krepsky, Lavínia Nagel Pacheco, Márcia Keunecke, Odair Sasse, Patricia Schwanke, Patrick Thomsen, Raquel Ewald, Roque Zimmermann, Sueli Maria Vanzuita Petry e Walfrid Zimmermann (vulgo Índio).
A direção geral ficou a cargo da jornalista Marta Brod; com pesquisa de Maria Eduarda Boaventura; roteiros de Marta Brod, Amanda Tiedt e Maria Eduarda Boaventura; captação de imagens de Guilherme Krug e Roberto Butzke Jantsch; captação de imagens aéreas de Luz Filmes; direção de fotografia de Guilherme Krug e Roberto Butzke Jantsch; edição e montagem de Guilherme Krug; edição e animações de Roberto Butzke Jantsch; narração (o rio) de Claudia Lange; tradução em LIBRAS de Cynthia Philippi; e produção geral de Amanda Tiedt e Maria Eduarda Boaventura.
Fotos: Olga Helena de Paula/Mesorregional/Acervo Blumenau(ta)/Roberto Butzke Jantsch.