Rodrigo Janot pede ao Supremo que goleiro Bruno seja preso novamente
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou na tarde de ontem (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido formal para a revogação da liminar que ordenou a liberação do goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte de Eliza Samudio.
O julgamento sobre a solicitação deve ser realizado pela Primeira Turma do STF, que se reúne às terças-feiras, ou seja a próxima sessão ocorrerá no dia 25 de abril. No entanto, o processo do atleta não está na pauta.
O pedido ocorreu porque no fim de fevereiro, o ministro do STF Marco Aurélio Mello, responsável pelo caso na ocasião, concedeu um “habeas corpus” a Bruno para que respondesse seu processo em liberdade. Bruno, ex-jogador do Atlético Mineiro e do Flamengo, do Rio de Janeiro, e assim que saiu da prisão foi contratado para ser goleiro do Boa Esporte de Varginha, no sul de Minas Gerais, após cumprir prisão preventiva desde 2010.
O processo do homicídio foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, sucessor de Teori Zavascki, que morreu em um acidente aéreo em janeiro deste ano, e cabe a ele decidir se a liminar será mantida ou não.
Nesta quarta-feira, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) manteve a absolvição de Bruno pelo crime de corrupção de menor. O processo se refere à participação do primo do jogador, Jorge Luiz Rosa, à época com 17 anos, que confessou ter ajudado a sequestrar a vítima e a mantido em cárcere privado.
O corpo de Eliza nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe de seu filho recém-nascido. No entanto, a paternidade nunca foi reconhecida pelo jogador. O crime ocorreu em 2010, e em 8 de março de 2013, o goleiro foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Preso há quase sete anos, Bruno também responde processo por sequestro e cárcere privado de seu próprio filho.
*Com informações da ANSA
Foto: Lúcio Adolfo / Boa Esporte