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Saiba quem foram os advogados de defesa de Evânio Prestini no Tribunal do Juri que o condenou por dois homicídios

O advogado Roberto Brzezinski Neto, que liderou a defesa de Evanio Wylyan Prestini – condenado por dois homicídios em decorrência do acidente de trânsito que envolveu um Jaguar F-Face e um Fiat Pálio na BR-470, em Gaspar, resultando na morte das jovens Amanda Grabner Zimmermann e Suelen Hedler da Silveira – é também o mesmo advogado contratado por pelo menos um dos irmãos Brazão, suspeitos de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco, no Rio de Janeiro.

Dr. Brzezinski Neto comentou com o jornalista Jefferson Santos, do Mesorregional, que apenas um dia antes do julgamento do caso Jaguar, ele estava no Supremo Tribunal Federal (STF) justamente para a Sessão da 1ª Turma do STF, que aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, o delegado Rivaldo Barbosa e outros dois acusados de participação nas execuções de Marielle e do seu motorista Anderson Gomes. Brzezinski advoga para Domingos Brazão.

O escritório fundado por Brzezinski Neto, cuja família está no exercício da advocacia há mais de 50 anos, foi estabelecido em 1998, em Curitiba, e mantém correspondência com importantes escritórios em todo o país. Com enfoque principal na área criminal, destaca-se no Direito Penal Econômico e Empresarial, além de atuar em outras áreas como o Tribunal do Júri, Compliance Criminal, Direito Eleitoral e Ações Civis Públicas.

Além da sede na capital do Paraná, Dr. Brzezinski Neto também possui um escritório em Brasília, no Distrito Federal.

Assistência de Defesa

Além de Brzezinski Neto, a defesa de Evânio Prestini foi comporta por outros três advogados, uma delas é Herminia Geraldina Ferreira de Carvalho, do escritório de Brzezinski Neto. Também havia a Dra. Camila da Silveira Cardoso, que auxiliou especialmente o Dr. José Manoel Soar, de 84 anos, conhecido popularmente como Dr. Jaraguá.

Dra. Herminia é graduada pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Direito Penal e Criminologia pelo Instituto de Criminologia e Polícia Criminal (ICPC) e possui pós-Graduação em Criminal Compliance pelo Instituto de Direito Penal Econômico e Europeu (IDPEE) da Universidade de Coimbra, além disso a jovem advogada é membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim).

A advogada Camila também é atuante na área Penal. Formada em Direito pela Faculdade Cesusc em 2012, Camila já foi vice-presidente da AACRIMESC, e chegou a presidir interinamente a associação na gestão 2021/2023.

Já o decano Dr. Jaraguá, que já recebeu mais alta honraria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela seccional de Santa Catarina é natural de Gaspar (cidade onde o crime ocorreu), mas com grande atuação no norte catarinense e em Florianópolis. Nasceu em 1940 e formou-se na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1969. Advogado há 53 anos e marcou sua atuação pela defesa da advocacia e é referência no estado pela atuação na área criminal.

De acordo com informações colhidas pelo Mesorregional junto a OAB/SC, Jaraguá também foi instrutor da UFSC junto à Faculdade de Direito, assessor jurídico do Tribunal de Contas do Estado (TCE), procurador e procurador-geral da Fazenda junto ao TCE/SC, juiz eleitoral pelo Quinto Constitucional, fundador da Associação dos Advogados Criminalistas de Santa Catarina (AACRIMESC) e membro da comissão de concurso para ingresso na carreira do Ministério Público Estadual. Em 1964, foi preso quando presidia a União Florianopolitana de Estudantes (UFE). Chegou a impedir, via habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, a prisão de um colega de Criciúma acusado de ofender um juiz. Êxito semelhante conquistaria posteriormente para beneficiar um advogado de Joinville.


Fotos: Jefferson Santos / Mesorregional

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