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Sem depósito do FGTS, sem férias e sem 13º profissionais do Samu entram em greve em SC

2020 não tem sido fácil com relação às notícias. Foram muitas as situações lamentáveis narradas, muitas delas, alinhadas com a pandemia provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) que já tirou a vida de mais de 1,7 milhão de pessoas mundo à fora, sendo quase 5 mil em Santa Catarina.

A que será exposta agora não é diferente, pois é justamente quem está na ponta da lança do atendimento e enfrentamento a essa e tantas outras doenças e situações com vítimas é que foi mais uma vez ferido. São os profissionais do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que estão sem receber o depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), muitos sem gozo de férias por mais de dois anos e agora com a indigestão de atraso e parcelamento do 13º Salário.

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Aqui em Santa Catarina, o Serviço é administrado através de concessão, pela empresa OZZ Saúde, que também assumiu a gestão do SAMU no estado do Rio de Janeiro, onde a empresa também atrasou salários e é investigada por suspeita de fraude, por conta de situações como indícios de superfaturamento, irregularidades na contratação e falta de capacidade técnica da empresa.

Com os profissionais catarinenses, a desconsideração é tamanha que apenas no último dia 18 a empresa emitiu um comunicado aos servidores o motivo do pagamento da gratificação natalina (13º Salário), alegando desequilíbrio financeiro por conta da ausência de pagamento do reajuste anual previsto em licitação e que esse atraso estaria ocorrendo desde 2019, apesar disso, não mencionou na nota, porque funcionários há mais de 2 anos não recebem férias, e alguns o depósito do FGTS, conforme relatado ao Mesorregional, por enfermeiros, socorristas e médicos.

A paralização até o momento, ocorre por parte dos profissionais que atuam apenas nas regiões Norte, Nordeste e Sul catarinense, isso porque nessas regiões há sindicatos que representam a categoria, que está operando em escala de revezamento, com cerca de 30% de pessoal, por conta da lei, que obrigado à proporcionalidade por se um serviço essencial, englobando apenas enfermeiros e socorristas.

Enquanto tudo isso ocorre, você pode até ser prejudicado pela demora no atendimento, caso necessite, mas até o momento, certamente você não tem ciência da manifestação de nenhum deputado e/ou até mesmo do Secretário de Estado da Saúde sobre essa lamentável e trágica situação. Estão todos gozando as suas férias.

Foto: Jefferson Santos / Mesorregional

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