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Setembro Verde: Santa Catarina se consolida como referência em doação de órgãos no Brasil

Durante o Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos, Santa Catarina reafirma sua posição de destaque como uma das principais referências no Brasil e na América Latina. Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o estado alcançou a segunda maior taxa de doação do país no primeiro semestre de 2024, com 40,7 doadores por milhão de população (pmp), significativamente superior à média nacional de 19,5 pmp. Este desempenho coloca Santa Catarina como um modelo a ser seguido em políticas públicas voltadas à doação de órgãos.

O Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, reforça a importância de sensibilizar a população para o tema e incentivar as pessoas a expressarem sua vontade de doar órgãos para seus familiares. Em um gesto que pode salvar até 10 vidas, a doação de órgãos depende diretamente da autorização das famílias, e Santa Catarina também se destaca nesse quesito: apenas 35% das famílias catarinenses se recusam a autorizar a doação, enquanto a média nacional de negativa é de 45%.

Números expressivos de doações em 2024
Os dados da SC Transplantes, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), demonstram a eficácia do sistema catarinense. De janeiro a agosto de 2024, foram registradas 504 notificações de potenciais doadores, dos quais 215 se tornaram doadores efetivos, o que equivale a um índice de 42,3 pmp nos casos de morte encefálica. Esses números mantêm o estado entre os mais bem-sucedidos na captação de órgãos e revelam a importância das ações de conscientização contínua.

Estrutura e capacitação: chaves do sucesso
Santa Catarina chegou a esse patamar de excelência por meio de um trabalho contínuo de capacitação e eficiência das Comissões Hospitalares de Transplantes. Atualmente, 69 instituições hospitalares integram o Sistema Estadual de Doação, realizando um trabalho crucial de identificação e manejo de potenciais doadores. Esse sistema bem organizado, aliado ao constante treinamento das equipes médicas e hospitalares, permite que o estado mantenha índices elevados de doação, mesmo em meio a desafios nacionais.

Foto: Divulgação / Reprodução

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