Sondagem mostra impactos do coronavírus nas empresas em SC
Os reflexos da pandemia do coronavírus na economia catarinense ainda não podem ser quantificados, mas a sondagem realizada pela Fecomércio SC com 200 empresários aponta que o cenário pela frente será desafiador.
O levantamento traz informações sobre o panorama antes e durante a pandemia, além das ações realizadas pelas empresas para lidar com a situação. Os dados foram apurados com 200 empresas de diferentes setores e segmentos das seis regiões do estado, entre os dias 24 e 26 de março.
De acordo com a pesquisa, nove em cada dez entrevistados (93%) tiveram queda no faturamento com a suspensão parcial ou total das atividades desde o início da pandemia. A variação média foi de -51,14% no caixa.
O abastecimento não foi prejudicado na maioria dos estabelecimentos (42%), porém 31,5% relataram o problema.A pesquisa apontou também que 85% dos entrevistados estão prevendo ajustes junto aos empregados, desde a possibilidade de redução no quadro de funcionários (55,9%) até medidas mais brandas, como compensação de horas (47,1%) e concessão de férias individuais (44,1%).
“As incertezas dos empresários em relação às consequências da pandemia nos negócios reforça a necessidade de medidas rápidas e efetivas. Diante dessa nova realidade, governos federal, estadual e municipais precisam apresentar alternativas e soluções para o mercado se recompor, garantindo assim a manutenção do emprego e da renda em Santa Catarina”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.
Governo anuncia R$ 200 bilhões para trabalhadores e empresas
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quarta-feira (1º) cerca de R$ 200 bilhões em medidas para socorrer trabalhadores e empresas e ajudar estados e municípios no enfrentamento aos efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. De acordo com Bolsonaro, de hoje para amanhã, serão editadas três medidas provisórias (MP) e sancionado o projeto que prevê o auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa.
Segundo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o auxílio deve beneficiar 54 milhões de brasileiros. De acordo com ele, as medidas são para ajudar as empresas na manutenção dos empregos. São R$ 51 bilhões para complementação salarial, em caso de redução de salário e de jornada de trabalho de funcionários, e R$ 40 bilhões (R$ 34 bilhões do Tesouro e R$ 6 bilhões dos bancos privados) de crédito para financiamento da folha de pagamento.
Foto: Marcos Santos / USP Imagens