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Submarino argentino ARA San Juan é encontrado após 1 ano e Marinha confirma implosão

da Ansa

 

O submarino argentino ARA San Juan, desaparecido no dia 15 de novembro de 2017 com 44 tripulantes, foi encontrado na manhã deste sábado (17), informou a Marinha da Argentina.

A embarcação foi localizada a 800 metros da Península de Valdés, na Patagônia, cerca de 600km da cidade de Comodoro Rivadavia, onde funcionava o centro de operações da empresa norte-americana Ocean Infinity, responsável pelas buscas do Ara San Juan.

“O Ministério da Defesa e a Armada Argentina informam que, após investigar o ponto de interesse nº24 reportado pela Ocean Infinity, através da observação feita com um ROV a 800 metros de profundidade, foi dada identificação positiva ao Ara San Juan”, diz um comunicado das autoridades no Twitter. Segundo a Marinha argentina, a descoberta foi possível graças a um submarino controlado remotamente pelo navio norte-americano. A descoberta foi anunciada dois depois da celebração em homenagem aos tripulantes organizada pelos familiares das vítimas no último dia 15 de novembro. Ontem (16), a Ocean Infinity já havia informado ter encontrado um objeto a 800 metros de profundidade com aproximadamente 60 metros que poderia ser o submarino desaparecido. Com a descoberta, a empresa deverá receber pelo menos US$7,5 milhões.

Na última semana, depois de dois meses de buscas, a Ocean Infinity chegou a divulgar que abandonaria as tarefas em alto mar e retornaria apenas em fevereiro do ano que vem, porque o barco norueguês “Seabed Constructor” seguiria para a África do Sul para conserto. O submarino ARA San Juan partiu da base militar de Ushuaia, no sul da Argentina, em 13 de novembro de 2017, tendo como destino Mar del Plata. Ele teve sua última comunicação dois dias depois, quando o comandante informou aos seus superiores que a embarcação apresentava princípios de incêndio em um compartimento de baterias.

De acordo com a Armada Argentina, o problema foi resolvido e o submarino pôde seguir viagem até o destino final.

O desaparecimento do ARA San Juan era um caso aberto na Justiça, o que foi alvo de críticas pelos familiares das vítimas, que pressionaram o governo argentino para realizar novas expedições a fim de encontrar o submarino. Recentemente, o chefe do Gabinete argentino, Marcos Peña, revelou que a tripulação realizava não somente manobras de treinamento, mas também espionagem de navios britânicos.

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Marinha Argentina confirma implosão

A Marinha da Argentina informou, poucas horas depois da embarcação ser localizada que o submarino sofreu implosão. O casco do submarino está “totalmente deformado, desarticulado, devido a uma explosão”, declarou o capitão Gabriel Eduardo Attis, comandante da base naval de Mar del Plata.

Durante coletiva de imprensa, Attis explicou que a hélice está parcialmente submersa e há sucatas dentro de um raio de 70 metros. Além disso, o ARA San Juan ficou alojado em uma depressão de 907 metros após perder a comunicação, no ano passado, o que fez que ele não fosse encontrado pelos radares.

O ministro da Defesa argentino, Oscar Aguad, por sua vez, afirmou que a Marinha de seu país não tem equipamento para descer a essa profundidade, nem tem tecnologia para extrair um submarino dessas características.

Aguad acrescentou que uma possível retirada do equipamento também depende de autorizações judiciais, principalmente porque a retiradas dos “escombros” irá violar qualquer possibilidade de perícia para determinar as causas do acidente.

 

Foto: Martin Otero / Base Mar Del Plata (Arquivo)

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