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Vereador da Base do Governo propõe fechar comércio aos domingos

O Vereador Jovino Cardoso é uma figura caricata e no mínimo controversa do cenário político blumenauense. A sociedade desconhece quem lhe deposita votos, pois tais eleitores não costumam aparecer em público gritando, aos quatro ventos, com orgulho, que votaram nele para Vereador.

A atuação de Jovino na última legislatura foi tão pífia que chegou a lhe render alguns deméritos como o de ter sido o vereador mais faltoso na Casa Legislativa Blumenauense, ao mesmo tempo que também geriu o gabinete que mais gastou dinheiro público nos quatro anos de mandato. Dois aspectos negativos que, por sua vez, aparentam ser incompatíveis entre si, mas não para o “Poderoso Jovino”.

Sua influência sempre esteve cabrestada aos mandos da administração municipal, onde costuma indicar cabos eleitorais para exercer cargos de confiança, e sua capacidade legislativa é limitada a criação de pérolas como a “quinzena da cuca”, pois queria homenagear o doce e notou que já havia, no calendário municipal, tanto o “dia da cuca”, quanto a “semana da cuca”, mas não achou suficiente.

Agora, em ano eleitoral e em plena crise pós-pandemia, Jovino tenta proibir o funcionamento do comércio de Blumenau aos domingos, demonstrando total desconhecimento histórico sobre a economia do município. O blumenauense é, majoritariamente, um povo trabalhador que se preocupa em colocar comida na mesa de maneira honesta e já deixou de acreditar em “papai noel” e “almoço grátis” há muito tempo.

Ao propor tal projeto, Jovino esquece que a mesma administração municipal que sustenta suas infinitas “reeleições mágicas”, empregando seus cabos eleitorais durante os mandatos legislativos que exerce, depende deste comércio que abre aos domingos para receber impostos e sobreviver frente aos baixos repasses do estado e da União.

A CDL já se manifestou contrariamente ao projeto, mas, com o perdão da franqueza, conhecendo o histórico de despreocupação do vereador em questão, o efeito da nota de repúdio emitida será semelhante ao obtido por quem resolve atear fogo em uma lagoa. A entidade precisa, na verdade, pressionar a administração municipal para que o vereador seja afastado da base do governo, fique sem conseguir empregar seus cabos eleitorais e, aí sim, impeça novas reeleições de seu nome. Ou isso, ou continuaremos assistindo e suportando as “pérolas” de Jovino Cardoso.

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