Vídeos gravados por supostos detentos mostram situações precárias do Presídio Regional de Blumenau

Não é de hoje que a situação do Presídio Regional de Blumenau (PRB) é caótica, sendo que a unidade prisional já foi considerada a pior do estado, sendo uma verdadeira “bomba relógio”. A situação parece tão clara que entidades de classe estão unidas numa pressão contra o governo do estado para lutar pela construção do setor de regime de semiaberto junto a Penitenciária Industrial de Blumenau.

Na manhã desta segunda-feira (17) chegou até a redação do Notícias Vale do Itajaí a informação de que vídeos que teriam sido gravados por detentos do PRB mostrando a situação precária do Presídio, sendo que as imagens seriam do setor de detentos que já estão na fase final do cumprimento de suas penas, e que estão próximos de serem reintegrados a sociedade, tanto que para ter direito ao regime, precisam comprovar empregabilidade.

Vale lembrar que mesmo aos presos mais perigosos, são garantidos direitos básicos no cumprimento da pena. Para tanto, juízes devem inspecionar as unidades, pois o rigor das unidades não implica violação a direitos fundamentais ou uso de força. O mínimo de condições de higiene, saúde, convivência e alimentação devem ser observados, para que esses lugares não se tornem em depósitos de carne humana ainda viva, mas nos vídeos expostos deixa claro que não é isso que acontece.

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No vídeos gravados fica evidente que não há sequer lugar adequado para armazenamento de alimentos, tão pouco as mínimas condições para as necessidades básicas são oferecidas aos apenados. Para a “Human Rights Watch” (organização internacional e não governamental de direitos humanos) afirma que situação dos presídios no Brasil é como “absoluto desastre” e parece que a situação de Santa Catarina em relação a isso não é diferenciada.

Em maio de 2015, a Associação de Imprensa do Médio Vale do Itajaí (Assimvi) organizou junto a direção do PRB uma visita na unidade e tivemos acesso a uma ala que na época estava desativada, justamente porque o local estava totalmente alagado por conta do entupimento de vasos sanitários, parece que nesses três anos praticamente nada mudou.