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Violência vicária: nova frente de atenção da Assistência Social em Santa Catarina

Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família tem intensificado o trabalho de orientação às equipes municipais sobre a violência vicária, um conceito relativamente novo, mas cada vez mais presente nos debates sobre violência de gênero.

Segundo Gabriella Dornelles, diretora de Assistência Social da SAS, a violência vicária é considerada uma das formas mais cruéis e sofisticadas de agressão contra mulheres. Isso porque o agressor utiliza filhos, dependentes ou pessoas próximas à vítima para afetá-la de forma emocional e indireta. “Os agressores, ao perderem o controle direto sobre a mulher, passam a usar seus filhos como ferramenta de agressão”, explica.

A diretora reforça que os profissionais que atuam nos CRAS e CREAS precisam estar capacitados para identificar e acolher essas mulheres. O objetivo é garantir que recebam orientação adequada e sejam encaminhadas para o atendimento necessário.

O termo “vicário” vem do latim vicarius, que significa substituto, indicando que o agressor substitui a vítima direta por outras pessoas do seu convívio. Gabriella destaca ainda que o Projeto de Lei nº 3880/2024, aprovado no final do ano passado, inclui a violência vicária na Lei Maria da Penha, reconhecendo oficialmente essa forma de agressão.

É fundamental diferenciar a violência vicária da violência psicológica indireta. Enquanto nesta as crianças sofrem ao presenciar agressões contra suas mães, na violência vicária, elas se tornam alvo direto dos ataques do agressor, fazendo com que a mãe seja atingida de maneira indireta.

Foto: Divulgação/GOVSC

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